O excesso de estímulos impede que a criança, na primeira infância, se conecte com aquilo que perceciona. Por isso a pedagogia Waldorf, por exemplo, defende os brinquedos feitos de materiais naturais e duradouros. Para que a criança os possa explorar em profundidade e criar vínculos, enquanto se processa a organização sensorial e cognitiva. Devem também ser esteticamente apelativos, mas simples, com alguma abstração - para dar espaço à imaginação.
Numa tarde soalheira, depois do almoço, no meio daquela conversa que se demora entre os cafés, a preguiça e a placidez, surge uma memória: "Aquelas tardes bem passadas no Alentejo, em que toda a família se entretinha a jogar o jogo do burro com malhas de metal ou moedas de 50 centavos". Velhos e novos trocavam histórias e anedotas enquanto disputavam os pontos dos jogo. Pois não era nem cedo nem tarde. Com a Oficina ali a uns metros, de uma tábua de sobra refizemos o jogo e com uns restos de ladrilhos que tínhamos à mão começamos a disputa. Chamamos os pequenos a participar, que se entretiveram a experimentar (vá, demos meio metro de avanço), a contar os pontos e a servir de árbitro. Um ponto para o artesanal, zero para a tecnologia! Assim criamos o novo Jogo do Burro, que vêm na imagem. Aproveitámos a madeira, damos-lhe um toque pitoresco e assim se recupera um jogo tradicional! Como se joga: O suporte tem uma inclinação, para dificultar a afixação...
Comentários
Enviar um comentário